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sexta-feira, 17 de outubro de 2014

.:: Entrevista com a banda Eutha ::.




A Experimental Distro esteve entrevistando Marcelo Mancha da banda Eutha. No bate-papo conversamos sobre a trajetória da banda nestes 22 anos de carreira, sobre o novo cd da banda e até mesmo novidades que vem por ai.


Confiram a entrevista completa abaixo:


(E.D.) A banda se chamava Euthanasia antigamente, por que a mudança para o nome Eutha?

(M. Mancha) R: No fim de 2008 a gente resolveu tirar umas férias da banda e nós montamos (Eu, Jean e Herax) o projeto “A Estrutura L.I.M.B.O.”. Ficamos com o projeto tocando até 2011, ano que resolvemos encerrar as férias e retornar com o Euthanasia. Para essa nova fase, optamos por reduzir o nome. A ideia surgiu para representar mesmo a nova fase e também descobrimos outras bandas no Brasil e no exterior que usavam esse nome.  O Cauê nosso antigo baterista (que tocou com a gente por 19 anos !!!)  participou dos primeiros shows dessa nova fase, mas depois resolveu não seguir com a banda. Calone Hoffmann foi o escolhido para a bateria e vem fazendo um trampo irado. Além de tocar muita batera ele também é compositor.




(E.D.) O som da banda acaba sendo uma mistura de vários gêneros musicas, como hip hop, hard core, thrash metal por exemplo. Misturas muito diferentes mas aparece de forma homogênea nas musicas até mesmo nos cds de vocês, chegando até a criar um som de certa forma novo. Quais as influências de vocês? isto foi uma idéia pré-definida quando a banda foi formada ou foi acontecendo naturalmente?

 (M. Mancha) R: Posso afirmar que aconteceu naturalmente. Em nosso primeiro ensaio, no distante verão de 1992, já fizemos uma música com uma pegada hardcore, punk rock, mas que tinha até um beatbox. Apesar de termos influências em comum, também temos gostos diferentes quando o assunto é musica. O Herax (percussão e vocal) curte muito rap e música eletrônica; o Jean (voz e guitarra) vem da escola do hardcore e metal extremo; eu (voz e baixo) gosto de muita coisa, hardcore, metal, rap, reggae; e o Calone (bateria e vocal) tem esse lance de metal mais moderno. No início era mais hardcore com pequenas doses de outras influências. Quando o Jean e o Cauê (antigo batera) entraram na banda em 93, o metal veio forte. Hoje mistura tudo.


(E.D.) A Banda ja dividiu palco com várias bandas de grande expressão no cenário underground nacional e até internacional como Ratos de Porão, Sepultura, Cólera, Garotos Podres, BNegão e Marcelo D2 e a lenda do punk hard core  Riistetyt. Como foram essas experiências para vocês?

(M. Mancha) R: Cada show tem uma história diferente. Pra gente todos esses shows que você lembrou foram importantes e capítulos marcantes da trajetória de uma banda alternativa como o Eutha. Tão legal quanto tocar, é trocar uma ideia e experiência com a galera das bandas “principais”. Sem falar na oportunidade de mostrar o som do Eutha para a galera que eu acho um momento muito importante para o som da banda: o show. E dividir o palco com bandas “grandes” ou com os amigos é sempre bom.

(E.D.) O Eutha chegou inclusive a ter uma música gravada pelo BNegão no projeto dele o " BNegão & os Seletores de Frequência" a música se chama "Qual é o Seu Nome? e entrou no primeiro cd do projeto chamado "Enxugando Gelo" de 2003. Como isto aconteceu? e qual a repercução disto para o Eutha?

(M. Mancha) R: A gente conheceu o BNegão na época do Planet Hemp, através de uns amigos do Rio de Janeiro. Quando o Planet veio tocar em Palhoça eu passei umas fitas-demo do Euthanasia.  Acabamos formando uma amizade e quando ele foi gravar o primeiro disco solo dele, pediu para gravar um som nosso. Para a banda foi muito massa, pois a música girou por lugares que com certeza o Eutha não chegaria. Ele tocou essa música até no Rock In Rio. Orgulho total de alguma forma estar lá representando Floripa e o Kobrasol.

(E.D.) O Eutha esta divulgando o segundo cd o "Segundo Disco de Plasticore ou a Temporada no L.I.M.B.O.", de onde veio o nome do disco?

(M. Mancha) R: Cara, o nome faz uma referência ao nosso “Segundo” lançamento, nosso 2º CD. Ficamos na dúvida se seria legal ou não lançar o material físico ou somente digital, por isso o lance do “Plasticore” e por último algumas músicas foram compostas no período entre as férias do Euthanasia e durante a existência do projeto A Estrutura L.I.M.B.O.; daí vem a “Temporada no L.I.M.B.O.”. O nome é a conexão desses momentos e das dúvidas que estavam com a gente durante a gravação e o lançamento desse trabalho.

(E.D.) Para vocês como está repercutindo esse segundo disco?

(M. Mancha) R: Tá bem legal. A galera tem curtido e comentado positivamente. Seguimos divulgando nos shows e entre os amigos. As poucas críticas que saíram nos veículos de comunicação foram bem boas. Dá para baixar a versão digital no www.euthahc.com ou comprar com a banda nos shows mesmo.


(E.D.) Qual a opinião da banda sobre o cenário underground atual da grande Florianópolis e Santa Catarina hoje em dia, publico, local para shows entre outros? a banda a pouco tempo veio de um show em Rio do Sul.

(M. Mancha) R: Tocamos em Rio do Sul e na semana seguinte em Jaraguá do Sul entre o fim de Agosto e o início de Setembro.  Acho o cenário de bandas bem interessante e acompanho e curto muita música catarinense dos mais variados estilos. Coisas antigas e coisas mais novas. O público faz o possível para comparecer, mesmo tendo várias opções de diversão no mesmo fim de semana. Até acho que os espaços existem, mas muita gente prefere ficar em casa aguardando “os convites” para tocar. Tem que agitar, correr atrás, fazer os contatos, que os shows aparecem.

(E.D.) Qual a diferença do Eutha de agora ao Eutha de 20 e poucos anos atrás quando as banda começou? Sonoramente, nas letras, nos pensamentos, como esses 22 anos de estrada refletiram na banda, no som e letras, na musicalidade da banda?

(M. Mancha) R: Durante nosso primeiro ano de banda a base era o punk-rock e o hardcore e as letras seguiam essa linha. Outras influências já existiam, mas começaram a ganhar forma em 93 com a troca de alguns integrantes. O Metal começou a tomar conta e as influências também apareceram com mais força nas músicas e acho que nesse momento o Eutha encontrou uma identidade. A percussão entrou em 1995 e as letras também começaram a falar de outros temas como rotina, cidade, relacionamentos, amizades, histórias do nosso dia a dia e alguma coisa de ficção.

(E.D.) Após esse segundo disco, quais os planos da Eutha? Quais as novidades que as pessoas que acompanham a banda podem aguardar?

(M. Mancha) R: Estamos pensando em fazer um clipe para “O Coveiro”, que fez parte da trilha sonora do filme de mesmo nome do diretor Gentil Júnior. Seguir tocando, divulgando o disco e dividindo o palco com os amigos aqui em Floripa ou na estrada. Ano que vem queremos lançar outro EP. Duas músicas já estão prontas, outras duas ainda sendo montadas e por aí vai. Muitos planos. Um futuro agitado com certeza. Hardcore Kobrasol Rulezzz

É isso ai, obrigado a banda Eutha e ao Marcelo Mancha pela entrevista.

Se você quiser ter mais informações sobre a banda, acesse os links abaixo:
Site Oficial
Página Oficial no Facebook

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